segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Seja bem-vinda

As mulheres, sejam brancas, negras, altas ou baixas, gordas, magras, saradas, de todas as classes sociais, de todas as religiões, sejam jovens ou idosas, definem cerca de 70% das compras. São agentes políticas e econômicas poderosas! Mas onde esse poder está expresso na comunicação? Onde estão os pensamentos e as ideias dessas mulheres? Onde estão seus reais desejos e frustrações?
A publicidade (com raras exceções), as revistas femininas, e todos os espaços voltados para o feminino, reforçam um estereótipo de mulher perfeita, linda e feliz no qual as mulheres reais não se reconhecem, nem às suas filhas, nem às suas mães e nem às suas vizinhas e amigas.
A mulher livre, que escreve para outras mulheres livres em revistas femininas, em pleno século 21, repete à exaustão ideais que não deveriam mais ser o dela: como encontrar um marido, como seduzir um bonitão na balada, como ficar magra e linda em uma semana, como obter um corpo perfeito, a juventude eterna. Ou seja: como fazer para agradar... aos outros, claro.
O que as mulheres e homens que lidam com veículos de comunicação pensam disso? Se a comunicação mostra uma mulher que não existe, estamos falando de quem e para quem?
Foi fazendo esse tipo de questionamento que as mulheres (5 mulheres reais) que trabalham na FATTO Comunicação, tiveram a ideia de discutir a falafeminina, promovendo um seminário durante a semana ARP da Comunicação. Mas a ideia cresceu e queremos ampliar a discussão antes mesmo do seminário acontecer (no próximo dia 09 de novembro, às 19 horas, no Hotel Sheraton, em Porto Alegre). Queremos que você, homem ou mulher interessado no tema, participe com suas idéias e posições. Para isso, estamos colocando no ar este blog. Aqui, é possível debater amplamente este tema, inclusive com as participantes do seminário.
Seminário A FalaFeminina
Mulheres que ocupam espaços importantes em diversas áreas da comunicação vão expor o que pensam da posição do sexo feminino nas suas áreas de atuação. Também tentarão explicar que padrões culturais determinam os comportamentos dominantes na sociedade e refletir sobre o porquê de ainda existir estranheza quando uma mulher se destaca em áreas predominantemente ou historicamente masculinas.

Um comentário:

  1. Acordar cedíssimo e aprontar o filho para a escola. Tomar um café descafeinado com leite desnatado e torradinhas light antes do banho com esfoliante, óleo, hidratante, máscara para conservar o alisamento de bambu (sim, isso existe) e sabonete íntimo. Cremes, cremes e mais cremes. Maquiagem. Ai meu deus, a roupa está ficando apertada, há que se cortar as torradinhas light.
    No trabalho, é só provar. Provar que pode, que sabe, que dá conta. Provar que não chegou onde está por que deu pro chefe. Provar que é possível fazer bem feito.
    Fim de tarde. Academia, levanta peso, corre, corre, corre! Pega filho na escola, brinca, faz tarefa, dá banho, prepara o jantar, bota a criança na cama, espera o namorado, ouve como foi o dia dele, faz um amorzinho (que tem que ser gostoso), e lá está o banheiro de novo.
    Tira a maquiagem, tônicos na pele, cremes para celulite. Uma revistinha pra saber das novas, um relatório que ficou pendente... ai que sono!
    Deu tempo pra ser mulher nesse dia tão cheio de obrigações? Obrigações com quem? Quem precisa de tantas provas?

    Quem sabe o seminário Fala Feminina nos responde. Até lá!

    Patrícia

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